Angioplastia com robô garante mais precisão e menos stents
NOSSO RESUMO: A reportagem traz uma temática nova para o Brasil – a robótica na medicina – ao tratar dos procedimentos de angioplastia e cateterismo para tratamento de doenças vasculares. A nova tecnologia foi incorporada ao Hospital Albert Einstein, que está realizando a angioplastia robótica em caráter experimental em parceria do Ministério da Saúde, auxiliando pacientes que não obtiveram boas respostas com ou outros tratamentos. Também chega a abordar um planejamento futuro para que seja realizada a telecirurgia robótica, assim, podendo levar a intervenção a outras localizações do país sem a necessidade da presença do médico operador da máquina. Embora a temática da reportagem seja promissora, ela não traz o funcionamento do procedimento, qual a diferença entre o cateterismo e a angioplastia feitos manualmente e a robótica, não esclarecendo, assim, uma das possíveis vantagens de precisão da máquina sobre o humano.
PORQUE ESSE TEMA É IMPORTANTE?: A aterosclerose, o acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias, atinge cerca de 2 milhões de pessoas por ano no Brasil. As placas podem causar obstrução na circulação sanguínea e rompimentos da artéria. Os sintomas podem variar de fadiga, falta de ar, dores no peito, e a aterosclerose carotídea chega a causar acidente vascular cerebral (AVC). O médico pode diagnosticar o problema através de exames e testes para poder indicar a angioplastia. O procedimento é feito pela introdução de uma cânula com um pequeno balão que infla, desobstruindo a artéria. Após o procedimento se introduz no local obstruído um stent metálico para que a artéria não torne a fechar. Atualmente, o procedimento no Brasil é realizado manualmente em todos os casos, numa sala cirúrgica por um médico da área.
TÍTULO: Por se tratar de uma chamada de jornal televisivo, o uso dos termos “angioplastia” e “stents” busca atrair a curiosidade de pessoas que não estão familiarizadas com a terminologia. Além da temática da robótica, que garante minutos de atenção do espectador.
INTERTÍTULO: O intertítulo foge à proposta do título ao introduzir os objetivos da tecnologia no Brasil, sem explicar muito sobre o funcionamento da angioplastia robótica.
COMO O ASSUNTO CHEGOU À REDAÇÃO: Release do portal de comunicação do Hospital Albert Einstein – São Paulo
DEFINIÇÃO: Pouco se explica sobre a angioplastia robótica, o foco da matéria está nos possíveis usos e vantagens que o procedimento, ainda recente no Brasil, pode ter.
PUBLICIDADE / INTERESSE COMERCIAL: Não há indicações sobre interesses comerciais na matéria ao tratar do procedimento. O hospital particular abordado na matéria serve apenas como exemplo para o uso do procedimento no Brasil.
FONTES DE INFORMAÇÃO: Entrevistas com médicos da área de cirurgia robótica no Hospital Albert Einstein e um paciente.
RECURSOS VISUAIS: Traz imagens de transição do robô e da equipe médica, sem gráficos ou ilustrações, mesmo se tratando de uma reportagem televisiva.
CONCLUSÃO: A matéria trouxe uma nova tecnologia implementada no Brasil, mas que já é utilizada em outros países. Quanto ao método, a robótica relacionada ao procedimento foi pouco explicada fora os paralelos da angioplastia e o cateterismo convencionais, que já são realizados nos meios da medicina. A reportagem diz haver maiores vantagens do uso da tecnologia pela sua precisão, porém não dá muitas explicações sobre como funciona intervenção robótica. No mais, sabe-se que é bom para o paciente, sem informar precisamente as vantagens do procedimento. Além disso, há possibilidades da tele cirurgia que levará o procedimento com auxílio do Ministério da Saúde para diferentes lugares do país, eliminando a necessidade da presença física do médico para a realização da angioplastia.
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