Medicamento aplicado à pele: esperança para quem tem Alzheimer
NOSSO RESUMO: A rivastigmina é um medicamento inibidor da enzima responsável pela degradação dos neurotransmissores do processo cognitivo, a acetilcolina. Reduz a progressão da doença, devolvendo parte da qualidade de vida ao paciente e certa independência ao diminuindo parte da perda de memória e funções motoras, que são sintomas comuns ao Alzheimer.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, provoca a diminuição progressiva de funções mentais e motoras, é responsável por 70% de casos de demência de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Essa enfermidade provoca alterações na memória, ansiedade, confusão, irritabilidade e mudanças no comportamento. O avanço da doença de Alzheimer causa dificuldades na fala, coordenação motora para executar atividades do dia a dia, dificuldades de identificar pessoas, e em estágios mais avançados deficiência motora grave e infecções constantes.
No Brasil ela atinge 1,4 milhões de pessoas segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) e como a população brasileira envelhece a cada década esse número tende a crescer.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que em 2019 9,52% da população tinha mais de 65 anos, e estes números tendem a aumentar para 2030 se calcula 13,54% e 2050, 21,87% de população idosa. Segundo o Ministério da Saúde para essa população acima dos 65 anos se vê 11,5% com a doença.
Para tratar o Alzheimer existem medicações oferecidas pelo SUS, mais comumente os comprimidos ou solução oral de rivastigmina, além de exames de acompanhamento.
POR QUE ESSE TEMA É IMPORTANTE?: A doença de Alzheimer é uma enfermidade que ainda tem ocorrências desconhecidas, mas é caracterizada pelo acúmulo da proteína beta-amilóide que atrapalha as sinapses dos neurônios, bem como a redução progressiva de células nervosas e do volume cerebral.
Ela afeta o funcionamento do cérebro comprometendo funções cognitivas. Memória, raciocínio lógico, julgamento, linguagem, são algumas das áreas afetadas. O diagnóstico é clínico, ou seja, feito por exames e histórico do paciente. Para excluir possibilidade de outras doenças, são feitos exames como tomografia, teste sanguíneo, e ressonância magnética.
Estima-se no mundo que haja 46,8 milhões de pessoas com demência no mundo, e que este número pode dobrar em 2030 (74,7 milhões) e triplicar em 2050 (131,5 milhões). A Doença de Alzheimer é a maior causa de demência.
No Brasil estudos epidemiológicos realizados por Herrera (2002) identificaram que 55,1% dos casos de demência tem relação com Alzheimer. Ainda identificaram que há prevalência maior da doença para mulheres, um estudo conhecido como Catanduva demonstrou que mulheres têm probabilidade de 59% enquanto no homem de 41%. A provável razão é que mulheres vivem em média 7 anos a mais que homens, e de acordo com os estudos de Nitrini (1993) existe uma prevalência de 54% de casos de Alzheimer após os 85 anos.
A doença de Alzheimer quando é diagnosticada cedo, pode ter seu avanço atrasado e controlada, se tratando de uma doença que ainda não tem cura.
TÍTULO: A manchete funciona como um chamado para a matéria, apesar de se tratar de uma nova formatação de um medicamento já existente, falando sobre novos métodos de tratar uma doença tal como o Alzheimer.
INTERTÍTULO: Explica o título com informações sobre a formatação do medicamento oferecida pelo Sistema Único de Saúde que funciona como alternativa às formatações já apresentadas.
COMO O ASSUNTO CHEGOU À REDAÇÃO: Conteúdo patrocinado pela empresa Sandoz, parte grupo farmacêutico suíço Novartis.
DEFINIÇÃO: Apesar de tratar de um conteúdo patrocinado a reportagem se mostrou completa ao tratar da Doença de Alzheimer, trazendo dados sobre a doença e sobre os avanços dela com prognósticos para a população brasileira. A relação do medicamento e sua nova apresentação com o conteúdo geral da matéria foi bem apresentado.
PUBLICIDADE / INTERESSE COMERCIAL: A matéria é patrocinada pela indústria fabricante do medicamento, porém, além de apresentar a Rivastigmina em adesivo e suas vantagens apresenta outras informações pertinentes ao conteúdo.
FONTES DE INFORMAÇÃO: Artigos da Associação Brasileira de Alzheimer, projeção populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, artigo sobre Demência da Organização Mundial da Saúde, e Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêutica do Ministério da Saúde.
RECURSOS VISUAIS: Texto verbal e imagem de banco de imagens
CONCLUSÃO: A reportagem traz a nova apresentação da Rivastigmina por conteúdo patrocinado pela fabricante, porém seu foco não limita a apresentação das vantagens do novo formato, apesar de estarem sempre relacionados entre pontos da matéria. No geral as informações para além do medicamento complementam a informação sobre o adesivo transdérmico, carecendo apenas de informações sobre os custos da rivastigmina e quando seria apresentada no SUS.
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