SUS vai ofertar comprimido ‘3 em 1’ para tratar tuberculose em crianças
NOSSO RESUMO: No dia 9 de setembro de 2019, o Ministério da Saúde divulgou uma nota sobre a transformação no tratamento e combate à tuberculose, falando sobre a junção de três substâncias – rifampicina 75 mg + isoniazida 50 mg + pirazinamida 150 mg – numa cápsula única, sem mudar a eficácia do tratamento, mas com a finalidade de aumentar a adesão especialmente de pacientes mais jovens e mais velhos.
O Brasil tem alta incidência de tuberculose, sendo um dos 30 países com maior taxa da doença de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Apesar de representar 2% do total de casos da infecção, nos últimos anos casos de tuberculose vêm aumentando, por isso o novo tratamento foi desenvolvido e pensado nesse público. É uma tentativa de facilitar a adesão ao tratamento pela facilidade de tomar uma cápsula em vez de três comprimidos.
Estas novas cápsulas 3 em 1 chegam ao Sistema Único de Saúde, que disponibiliza a todos o tratamento contra a tuberculose, em 2020. Essa nova apresentação do tratamento segue as orientações da OMS, e já havia sido implementada para tratamento de adultos, mas com diferente fórmulas em um comprimido.
POR QUE ESSE TEMA É IMPORTANTE?: A tuberculose é uma doença letal, causada por uma micobactéria. Afeta diferentes idades, porém, crianças estão sob um maior risco por terem seu sistema imune em desenvolvimento, acabando por contrair outras formas de tuberculose como a miliar (disseminada) e a meningite tuberculosa.
Em 2014 foram registrados 67966 casos, em 2016, 66796, e 2018, 72788. Nota-se então uma variação pequena entre os números de casos registrados de tuberculose no país, mas, considerando os números absolutos, trata-se de uma alta taxa de incidência. Levando-se em conta uma população de 209 milhões de habitantes, isso representa uma incidência de 0,03 %. Porém, considerando dados do Ministério da Saúde, em 2017, 4.534 mortes foram causadas pela tuberculose. Isso representa uma letalidade de 6,52%.
Sabendo-se que tuberculose é uma doença que tem cura, e ainda mais, existe um método de prevenção (a vacina BCG) que é aplicada no recém-nascido, esta alta taxa representa uma falha no combate à doença.
TÍTULO: A manchete traz diretamente o conteúdo da matéria já explicando o fato que trouxe esta notícia, que é uma nova forma de tratamento para tuberculose que une os medicamentos necessários.
INTERTÍTULO: O intertítulo é curto e apresenta a data marcada para ocorrer a liberação do novo tratamento no SUS, que é apresentado no título.
COMO O ASSUNTO CHEGOU À REDAÇÃO: Nota divulgada pelo próprio Ministério da Saúde em 9 de setembro de 2019.
DEFINIÇÃO: Com informações importantes que devem ser divulgadas, a reportagem tratou de trabalhar em cima delas, como a doença e os tratamentos, bem como as vantagens desse novo método de unir três medicamentos em uma dose fixa e combinada. Além disso, apresenta dados e informações de incidência e danos causados pela tuberculose desde 2015. Os custos do novo tratamento não são informados, apesar da redação ter entrado em contato com o MS.
PUBLICIDADE / INTERESSE COMERCIAL: Não há identificação de interesse comercial nesta matéria, mostrando ser uma nota informativa de divulgação de saúde.
FONTES DE INFORMAÇÃO: página do Ministério da Saúde, página da Conitec, Denise Arakaki – coordenadora do Departamento de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
RECURSOS VISUAIS: Imagem genérica de capsulas de medicamento e texto verbal.
CONCLUSÃO: A matéria reproduz o informe lançado pelo Ministério da Saúde de maneira direta e clara, e acrescenta outras informações, como os casos de tuberculose no Brasil e os quadros da doença, além de trazer um autoridade torna a matéria mais completa. Outros pontos que faltaram, como custos ou os estudos, que poderiam vir por hiperlink, não chegam a interferir na informação passada.
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