Pesquisadores da UFG descobrem exame com cera de ouvido que detecta câncer
TÍTULO: Indica a instituição responsável e qual o possível uso dessa nova tecnologia.
INTERTÍTULO: O suposto diferencial que a tecnologia trará ao que é feito atualmente – diagnóstico mais rápido e mais cedo.
COMO O ASSUNTO CHEGOU À REDAÇÃO: Matérias sobre a descoberta foram veiculadas no portal Jornal UFG e na TV UFG nos dias 16 e 23 de agosto, mais de uma semana antes da reportagem da Rede Globo. A pauta pode ter chegado ao Jornal Nacional pelo contato com esses veículos ou por liberação de imprensa da própria universidade.
DEFINIÇÃO: Em seus 2 minutos e meio de duração, a matéria apresenta o objetivo da nova tecnologia, seu método e importância. Duas fontes de informação como autoridades – no caso, cientistas envolvidos na pesquisa – falam sobre a pesquisa e dados gerais sobre a função natural da cera, usada no diagnóstico.
PUBLICIDADE / INTERESSE COMERCIAL: Além de uma potencial patente, não há nenhum aparente, uma vez que a pesquisa foi feita numa instituição pública. Não é indicado, entretanto, se houve investimento privado.
FONTES DE INFORMAÇÃO: Melissa Avelino, médica e professora da UFG; Nelson Antoniosi, coordenador da pesquisa; dados do Instituto Nacional do Câncer.
RECURSOS VISUAIS: Imagem de cera de ouvido (um dos principais focos da pesquisa) sendo coletada e algumas gravadas de câmeras inseridas no paciente; falas dos cientistas da UFG envolvidos; imagens do laboratório e dos pesquisadores manipulando as amostras; foto do artigo sobre a descoberta publicado na Scientific Reports, uma das revistas científicas mais importantes no mundo; repórter no laboratório cercado por equipamentos; fachada do Instituto Nacional do Câncer e gravações do próprio INCA de testes (não identificados) sendo feitos; imagem de paciente lendo um diagnóstico.
CONCLUSÃO: A notícia cumpre o papel de divulgação de pesquisas de maneira adequada, sem sensacionalismo ou conclusões precipitadas. O conteúdo é apresentado de forma clara e, embora não se aprofunde no tema, quase todas as informações necessárias à pauta estão presentes. Além de poucas explicações sobre o câncer de ouvido em si, houve falta do que acontecerá com a tecnologia a partir de agora – patente? Aplicação no SUS? Continuidade da pesquisa na universidade? O uso de uma suposta paciente como personagem no fim, embora justificável, pareceu alheio ao resto da matéria – absolutamente nada é informado sobre ela, apenas que tem câncer e que acha a descoberta importante.
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