Coração de bebê de 4 meses recebe células-tronco em cirurgia inovadora
NOSSO RESUMO
A matéria publicada pelo website G1 apresenta um tratamento inovador com células-tronco para bebês com Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo. O estudo está em fase inicial e é conduzido por pesquisadores americanos das Universidades de Maryland e de Miami. Espera-se que as injeções de células-tronco na metade saudável do coração permitam-lhe aumentar a capacidade de bombeamento, compensando, dessa forma, a metade comprometida pelo problema congênito. Até dezembro de 2016, apenas dois bebês haviam sido submetidos à intervenção, não sendo possível ainda afirmar se os resultados esperados de eficácia e segurança serão alcançados. Os custos e a disponibilidade da técnica no Brasil não foram abordados, assim como os potenciais riscos da intervenção cirúrgica.Não foi possível avaliar adequadamente a qualidade das evidências descritas, visto que não foram apresentados estudos científicos publicados ou outros dados que corroborem as informações. Destaca-se, contudo, que o estudo atual está em estágio inicial, demandando ainda tempo para avaliação dos resultados. Não há conflito de interesses aparente na construção do texto.
POR QUE ESSE TEMA E IMPORTANTE?
A Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE) é um problema congênito grave, que envolve várias partes do lado esquerdo do coração. Bastante rara, a doença ocorre em cerca de 1 a cada cinco mil bebês nascidos vivos, correspondendo a 8% de todos os casos de cardiopatias congênitas. Sem tratamento, 95% dos bebês com SHCE morrem no primeiro mês de vida. A sobrevida de crianças entre 3 e 5 anos de idade submetidas a tratamento é de cerca de 60%, sendo que a maioria chega à vida adulta com boa saúde (Associação de Assistência à Criança Cardiopata – Pequenos Corações). Atualmente o tratamento consiste em uma correção cirúrgica de três etapas, realizadas durante os primeiros dois anos de vida, ou um transplante cardíaco. A pesquisa e desenvolvimento de opções alternativas para o tratamento da síndrome, sobretudo que possibilitem menos intervenções cirúrgicas, é, portanto, extremante relevante.
Olhar Jornalístico
TÍTULO: Traz a informação de cirurgia inovadora em um bebê. Isso é uma ótima estratégia para convidar o leitor ao texto. Desperta curiosidade e interesse. Que técnica seria essa? Qual a finalidade? Como está o bebê?
INTERTÍTULO: Traz informações preliminares da cirurgia e situação clínica da criança
COMO O ASSUNTO CHEGOU À REDAÇÃO: Agência internacional de notícias
DEFINIÇÃO: A definição da doença foi feita de forma clara e objetiva, mas sem trazer detalhes da técnica e nem como o bebê estaria respondendo à cirurgia, mesmo porque ela tinha acabado de ser realizada. Foi citado que a injeção de células tronco no coração é uma estratégia inovadora e os próprios pesquisadores ainda não sabem ao certo a eficácia da técnica.
FONTE DE INFORMAÇÃO: Cientistas que lideram o grupo de pesquisadores , que provavelmente repassaram as informações aos jornalistas da agência de notícias
RECURSOS VISUAIS USADOS: apenas fotografia.
CONCLUSÃO: A reportagem poderia ser mais completa com explicação mais detalhada da técnica e o uso de infográficos e desenhos além de ouvir fontes (pediatras, cirurgiões) sobre a estratégia adotada e as possíveis implicações da mesma.
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